LINGUÍSTICA EDUCACIONAL
A proposta central do projeto é a de ampliar e redirecionar os recursos humanos e materiais do Laboratório de Eletroencefalografia e Rastreamento Ocular da Linguagem – LER (UFRJ), conjugando esforços com pesquisadores de duas outras instituições de ensino superior do Rio de Janeiro (UERJ e CEFET-Rio), para desenvolver um programa de pesquisa translacional que propulsione a fertilização entre a Linguística Teórica, a Psicolinguística, a Neurociência da Linguagem e a Educação em prol de um problema nacional: o fracasso da educação básica do Brasil (cf. resultados exames PISA, ENEM, etc).
Usando ferramentas de pesquisa de ponta, como o rastreador ocular e a eletrofisiologia (EEG-ERP), o projeto busca tornar o conhecimento de linguagem em ferramenta propulsora da capacidade de teorização científica sobre o mundo. Sendo a linguagem resultante de um sistema de cognições inatas, desenvolvidas no curso da evolução humana, e que permite à espécie a construção de conhecimento teórico e de estratégias de resolução de problemas a partir de evidências limitadas, essa capacidade tem que ser ativada nos alunos, bastando para isso que a cognição de linguagem seja usada explicitamente como ferramenta epistêmica, fundadora e estruturadora de categorias. |
No primeiro ano, a partir de um programa-piloto incluindo uma Oficina do Período e uma Oficina do Verbete, aplicado a duas escolas de níveis fundamental e médio – uma nas cercanias da comunidade da Maré, no Rio e outra em um comunidade indígena no Mato Grosso – pretende-se que a transferência social dos resultados do projeto venha a impactar definitivamente a capacidade redacional e de leitura do aluno, promovendo, em última análise, sua criatividade, independência intelectual, auto-estima e cidadania.